As baixas taxas de alfabetização e numeracia entre os alunos são um dos principais fatores por trás da mudança para limitar o uso do telefone celular.
Introdução
Em um movimento que marca um afastamento das políticas educacionais anteriores, o novo governo de coalizão tripartidária da Nova Zelândia, liderado pelo primeiro-ministro do Partido Nacional, Christopher Luxon, reafirmou sua proibição abrangente de telefones celulares em todas as escolas primárias, intermediárias e secundárias.
Estudo
A decisão faz parte do ambicioso plano de implantação de 100 dias da coalizão, que inclui outras 49 ações destinadas a reformar vários setores, bem como as ações do governo trabalhista anterior.
A proibição obrigará que todos os celulares permaneçam desligados durante todo o dia letivo, inclusive durante os intervalos entre as aulas.
A posição do governo é clara: o consenso é que os celulares não devem fazer parte do ambiente escolar diário, a menos que sejam usados para fins educacionais como parte do trabalho escolar de um aluno.
O primeiro-ministro Luxon, em um comunicado à imprensa no site do Partido Nacional em 9 de agosto, reiterou a importância dessa medida para os resultados da educação.
“Essa política é para garantir que nossas escolas sejam ambientes onde os alunos possam focar no aprendizado sem as distrações que os celulares podem trazer. Acreditamos na criação de um espaço de aprendizagem que promova interação, foco e excelência acadêmica”, disse.
Embora a política seja rígida, ela permite flexibilidade na aplicação, com as escolas tendo autonomia para decidir como aplicar a proibição na prática. Esta abordagem destina-se a garantir que a política possa ser adaptada às necessidades e circunstâncias específicas de cada escola.
Entendendo a necessidade de comunicação, o governo definiu que pais e responsáveis podem entrar em contato com seus filhos durante o horário escolar por meio da secretaria da escola. A medida visa aliviar as preocupações com a comunicação, especialmente em situações de emergência.
Além disso, a política inclui a concessão de isenções em circunstâncias específicas. Os estudantes que precisarem do celular por motivos de saúde terão isenção da proibição.
Além disso, estudantes com dificuldades de aprendizagem que necessitem do uso de celulares em seu processo educacional também terão direito a isenções.
A Nova Zelândia se junta a uma lista de outros países que proibiram celulares em escolas, incluindo Austrália, França e Grécia.
Uma pesquisa recente da Horizons Research descobriu que os neozelandeses apoiaram amplamente a proibição durante o horário de aula, mas não durante os intervalos escolares ou o almoço.
A pesquisa descobriu que 61% apoiavam a proibição, mas não durante os intervalos, com 20% se opondo.
Cerca de 56% apoiaram uma proibição de dia inteiro, enquanto 52% acharam que as escolas deveriam ser deixadas para decidir sobre suas proibições.
Conclusão
Se o governo alterar a proibição do telefone celular para que os alunos ainda possam acessar seu telefone durante o intervalo, Horizon disse que a política pode ganhar ainda mais aprovação pública.
A pesquisa representa apenas a população adulta da Nova Zelândia e foi realizada entre os dias 10 e 16 de novembro de 2023.